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GLOBALIZAÇÃO MUNDIAL

O que é Globalização - Definição

Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.
A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.

A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias. No passado, para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada quase que em tempo real.

Origens da Globalização e suas Características

Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.

Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.

O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo, e principalmente os países desenvolvidos; de modo que os mesmos pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno se encontrava saturado.

A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista se tornou predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.

A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial.

As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo.

O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.

O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios.

Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo.

A primeira fase da Globalização (1450-1850)


Há, como em quase tudo que diz respeito à história, grande controvérsia em estabelecer-se uma periodização para estes cinco séculos de integração econômica e cultural, que chamamos de globalização, iniciados pela descoberta de uma rota marítima para as Índias e pelas terras do Novo Mundo. Frédéric Mauro, por exemplo, prefere separá-lo em dois momentos, um que vai de 1492 até 1792 (data quando, segundo ele, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial fazem com que a Europa, que liderou o processo inicial da globalização, voltou-se para resolver suas disputas e rivalidades), só retomando a expansão depois de 1870, quando amadureceram as novas técnicas de transporte e navegação como a estrada-de-ferro e o navio à vapor.

No critério por nós adotado, consideramos que o processo de globalização ou de economia-mundo capitalista como preferiu Immanuel Wallerstein, nunca se interrompeu. Se ocorreram momentos de menor intensidade, de contração, ela nunca chegou a cessar totalmente. De certo modo até as grandes guerras mundiais de 1914-18 e de 1939-45, e antes delas a Guerra dos 7 anos (de 1756-1763), provocaram a intensificação da globalização quando adotaram-se macro-estratégias militares para acossar os adversários, num mundo quase inteiramente transformado em campo de batalha. Basta recordar que soldados europeus, nas duas maiores guerras do século 20, lutavam entre si no Oriente Médio e na África, enquanto que tropas colônias desembarcavam na Europa e marchavam para os campos de batalha nas planícies francesas enquanto que as marinhas européias, americanas e japonesas se engalfinhavam em quase todos os mares do mundo.

Assim sendo, nos definimos pelas seguintes etapas: primeira fase da globalização, ou primeira globalização, dominada pela expansão mercantilista (de 1450 a 1850) da economia-mundo européia, a segunda fase, ou segunda globalização, que vai de 1850 a 1950 caracterizada pelo expansionismo industrial-imperialista e colonialista e, por última, a globalização propriamente dita, ou globalização recente, acelerada a partir do colapso da URSS e a queda do muro de Berlim, de 1989 até o presente.

Períodos da Globalização
Data Período Caracterização
1450-1850 Primeira fase Expansionismo mercantilista
1850-1950 Segunda fase Industrial-imperialista-colonialista
pós-1989 Globalização recente Cibernética-tecnológica-associativa


A primeira globalização, resultado da procura de uma rota marítima para as Índias, assegurou o estabelecimento das primeiras feitorias comerciais européias na Índia, China e Japão, e, principalmente, abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo. Feitos estes que Adam Smith, em sua visão eurocêntrica, considerou os maiores em toda a história da humanidade. Enquanto as especiarias eram embarcadas para os portos de Lisboa e de Sevilha, de Roterdã e Londres, milhares de imigrantes iberos, ingleses e holandeses, e, um bem menor número de franceses, atravessaram o Atlântico para vir ocupar a América. Aqui formaram colônias de exploração, no sul da América do Norte, no Caribe e no Brasil, baseadas geralmente num só produto (açúcar, tabaco, café, minério, etc..) utilizando-se de mão de obra escrava vinda da África ou mesmo indígena; ou colônias de povoamento, estabelecidas majoritariamente na América do Norte, baseadas na média propriedade de exploração familiar. Para atender as primeiras, as colônias de exploração, é que o brutal tráfico negreiro tornou-se rotina, fazendo com que 11 milhões de africanos (40% deles destinados ao Brasil) fossem transportados pelo Atlântico para labutar nas lavouras e nas minas.

Igualmente não deve-se omitir que ela promoveu uma espantosa expropriação das terras indígenas e no sufocamento ou destruição da sua cultura. Em quase toda a América ocorreu uma catástrofe demográfica, devido aos maus tratos que a população nativa sofreu e as doenças e epidemias que os devastram, devido ao contato com os colonizadores europeus.

Nesta primeira fase estrutura-se um sólido comércio triangular entre a Europa (fornecedora de manufaturas) África (que vende seus escravos) e América (que exporta produtos coloniais). A imensa expansão deste mercado favorece os artesãos e os industriais emergentes da Europa que passam a contar com consumidores num raio bem mais vasto do que aquele abrigado nas suas cidades, enquanto que a importação de produtos coloniais faz ampliar as relações inter-européias. Exemplo disso ocorre com o açúcar cuja produção é confiada aos senhores de engenho brasileiros, mas que é transportado pelos lusos para os portos holandeses, onde lá se encarregam do seu refino e distribuição.

Os principais portos europeus, americanos e africanos desta primeira globalização encontram-se em Lisboa, Sevilha, Cádiz, Londres, Liverpool, Bristol, Roterdã, Amsterdã, Le Havre, Toulouse, Salvador, Rio de Janeiro, Lima, Buenos Aires, Vera Cruz, Porto Belo, Havana, São Domingo, Lagos, Benin, Guiné, Luanda e Cidade do Cabo.


Politicamente, a primeira fase da globalização se fez quase toda ela sob a égide das monarquias absolutistas que concentram enorme poder e mobilizam os recursos econômicos, militares e burocráticos, para manterem e expandirem seus impérios coloniais. Os principais desafios que enfrentam advinham das rivalidades entre elas, seja pelas disputas dinásticas-territoriais ou pela posse de novas colônias no além mar, sem esquecer-se do enorme estragos que os corsários e piratas faziam, especialmente nos séculos 16 e 17, contra os navios carregados de ouro e prata e produtos coloniais.

A doutrina econômica desta primeira fase foi o mercantilismo, adotado pela maioria das monarquias européias para estimular o desenvolvimento da economia dos reinos. Ele compreendia numa complexa legislação que recorria a medidas protecionistas, incentivos fiscais e doação de monopólios, para promover a prosperidade geral. A produção e distribuição do comércio internacional era feita por mercadores privados e por grandes companhias comerciais (as Cias. inglesas e holandesas das Índias Orientais e Ocidentais) e, em geral, eram controladas localmente por corporações de ofício.

Todo o universo econômico destinava-se a um só fim, entesourar, acumular riqueza. O poder de um reino era aferido pela quantidade de metal precioso (ouro, prata e jóias preciosas) existente nos cofres reais. Para assegurar seu aumento o estado exercia um sério controle das importações e do comércio com as colônias, sobre as quais exerciam o oligopólio bilateral. (*)Esta política levou a que cada reino europeu terminasse por se transformar num império comercial, tendo colônias e feitorias espalhadas pelo mundo todo ( os principais impérios coloniais foram o inglês, o espanhol, o português, o holandês e o francês). Um dos símbolos desta época, a bolsa de valores de Amberes, consciente do que representava, tinha como justo lema a frase latina “Ad usum mercatorum cujusque gentis ac linguae”, que ela servia aos mercadores de todas as línguas da terra.
o oligopólio bilateral é uma expressão que serve para descrever a situação de subordinação em que as colônias se encontravam perante as metrópoles. Além de estarem impedidas de negociarem com outros países, elas eram obrigadas a adquirir suas necessidades apenas com negociantes e mercadores metropolitanos bem como somente vender a eles o que produziam, desta forma a metrópole ganhava ao vender e ao comprar.

A segunda fase da Globalização (1850-1950)


Os principais acontecimentos que marcam a transição da primeira fase da globalização para a segunda dão-se nos campos da técnica e da política. A partir do século 18, a Inglaterra industrializa-se aceleradamente e, depois dela, a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália. A máquina à vapor é introduzida nos transportes terrestres (estradas-de-ferro) e marítimos (barcos à vapor) Conseqüentemente esta nova época será regida pelos interesses da indústria e das finanças, sua associada e, por vezes amplamenente dominante, e não mais das motivações dinásticas-mercantís. Será a grande burguesia industrial e bancária, e não mais os administradores das corporações mercantis e os funcionários reais quem liderará o processo. Esta interpenetração dos bancos com a indústria, com tendências ao monopólio ou ao oligopólio, fez com que o economista austríaco Rudolf Hilferding a denominasse de “O Capital Financeiro” (Das Finanz kapital, titulo da sua obra publicado em 1910), considerando-a um fenômeno novo da economia-politica moderna. Lenin definiu-a como a etapa final do capitalismo, a etapa do imperialismo.

Luta ele - o capital financeiro - pela ampliação dos mercados e pela obtenção de novas e diversas fontes de matérias primas. A doutrina econômica em que se baseia é a do capitalismo laissez-faire, um liberalismo radical inspirado nos fisiocratas franceses e apoiado pelos economistas ingleses Adam Smith e David Ricardo que advogavam a superação do Mercantilismo com suas políticas arcaicas. Defendem o livre-cambismo na relações externas, mas em defesa das suas indústrias internas continuam em geral protecionistas, como é o caso da política Hamiltoniana nos Estados Unidos e a da Alemanha Imperial e a do Japão(*).

A escravidão que havia sido o grande esteio da primeira globalização, tornou-se um impedimento ao progresso do consumo e, somada à crescente indignação que ela provoca, termina por ser abolida, primeiro em 1789 e definitivamente em 1848 ( no Brasil ela ainda irá sobreviver até 1888). Este segundo momento - segundo a orientação do que Hobson chamou de “a politica de uma minoria sem escrúpulos” -, irá se caracterizar pela ocupação territorial de certas partes da África e da Ásia, além de estimular o povoamento das terras semi-desocupadas da Austrália e da Nova Zelândia.

No campo da política a revolução americana de 1776 e a francesa de 1789, irão liberar enorme energia fazendo com que a busca da realização pessoal termine por promover uma grande ascensão social das massas. Logo depois, como resultado das Guerras Napoleônicas e da generalizada abolição da servidão e outros impedimentos feudais, milhões de europeus ( calcula-se em 60 milhões num século) abandonam seus lares nacionais e emigram em massa para os Estados Unidos, Canadá, e para a América do Sul (Brasil, Argentina, Chile e Uruguai).

A posse de novas colônias torna-se um ornamento na política das potências ( só a Grã-Bretanha possui mais de 50, ocupando inclusive áreas antieconômicas). O cobiçado mercado chinês finalmente é aberto pelo Tratado de Nanquim de 1842 e o Japão também é forçado a abandonar a política de isolamento da época Tokugawa ao assinar um tratado com os americanos em 1853-4.

Cada uma das potências européias rivaliza-se com as demais na luta pela hegemonia do mundo, ou como disse John Strachey: “lançaram-se unanimemente, numa rivalidade feroz...para anexar o resto do mundo”. O resultado é um acirramento da corrida imperialista e da política belicista que levará os europeus à duas guerras mundiais, a de 1914-18 e a de 1939-45. Entrementes outros aspectos técnicos ajudam a globalização: o trem e o barco à vapor encurtam as distâncias, o telégrafo e , em seguida, o telefone, aproximam os continentes e os interesses ainda mais. E, principalmente depois do vôo transatlântico de Charles Lindbergh em 1927, a aviação passa a ser mais um elemento que permite o mundo tornar-se menor.

Nestes cem anos da segunda fase da globalização (1850-1950) os antigos impérios dinásticos desabaram (o dos Bourbons em 1789 e, definitivamente, em 1830, o dos Habsburgos e dos Hohenzollers em 1914, o dos Romanov em 1917) Das diversas potências que existiam em 1914 (O Império britânico, o francês, o alemão, o austro-húngaro, o italiano, o russo e o turco otomano) só restam depois da 2ª Guerra, as superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética.

Feridas pelas guerras as metrópoles deram para desabar, obrigando-se a aceitar a libertação dos povos coloniais que formaram novas nações. Mesmo assim, umas independentes e outras neocolonizadas, continuaram ligadas ao sistema internacional. Somam-se, no pós-1945, os países do Terceiro Mundo recém independente (a Índia é a primeira a obtê-la em 1947) às nações latino-americanas que conseguiram sua autonomia política entre 1810-25, ainda no final da primeira fase da globalização. No entanto nem a descolonização nem as revoluções comunistas, a da Rússia de 1917 e a da China de 1949, servirão de entrave para que a mais longo prazo o processo de globalização seja retomado.

Os países industrializados defendem o livre-cambismo ( o preço melhor vence) quando se sentem fortes, como foi o caso da Inglaterra nos séculos 18 e 19 e hoje é a posição dominante dos E.U.A. Mas para aqueles que precisam criar sua própria indústria ou proteger a que está ainda se afirmando, precisam recorrer à política protecionista com suas elevadas barreiras alfandegárias para evitar sua quebra.

Blocos Econômicos e Globalização

Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.


Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa


Como dissemos, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as idéias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.

A Globalização recente (pós-1989)


No decorrer do século 20 três grandes projetos de liderança da globalização conflitaram-se entre si: o comunista, inaugurado com a Revolução bolchevique de 1917 e reforçado pela revolução maoista na China em 1949; o da contra-revolução nazi-fascista que, em grande parte, foi uma poderosa reação direitista ao projeto comunista, surgido nos anos de 1919, na Itália e na Alemanha, extendendo-se ao Japão, que foi esmagado no final da 2ª Guerra Mundial, em 1945; e, finalmente, o projeto liberal-capitalista liderado pelos países anglo-saxãos, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

Num primeiro momento ocorreu a aliança entre o liberalismo e o comunismo (em 1941-45) para a auto-defesa e, depois, a destruição do nazi-fascismo. Num segundo momento os vencedores, os EUA e a URSS, se desentenderam gerando a guerra fria (1947-1989), onde o liberalismo norte-americano rivalizou-se com o comunismo soviético numa guerra ideológica mundial e numa competição armamentista e tecnológica que quase levou a humanidade a uma catástrofe (a crise dos mísseis de 1962).

Com a política da glasnost, adotada por Mikhail Gorbachov na URSS desde 1986, a guerra fria encerrou-se e os Estados Unidos proclamaram-se vencedores. O momento símbolo disto foi a derrubada do Muro de Berlim ocorrida em novembro de 1989, acompanhada da retirada das tropas soviéticas da Alemanha reunificada e seguida da dissolução da URSS em 1991. A China comunista, por sua vez, que desde os anos 70 adotara as reformas visando sua modernização, abriu-se em várias zonas especiais para a implantação de indústrias multinacionais. A política de Deng Xiaoping de conciliar o investimento capitalista com o monopólio do poder do partido comunista, esvaziou o regime do seu conteúdo ideológico anterior. Desde então só restou hegemônica no moderno sistema mundial a economia-mundo capitalista, não havendo nenhuma outra barreira a antepor-se à globalização.

Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial: os Estados Unidos. É a única que tem condições operacionais de realizar intervenções militares em qualquer canto do planeta (Kuwait em 1991, Haiti em 1994, Somália em 1996, Bosnia em 1997, etc..). Enquanto na segunda fase da globalização vivia-se na esfera da libra esterlina, agora é a era do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo.

Desequilibrios e perspectivas da globalização

O processo produtivo mundial é formado por um conjunto de umas 400-450 grandes corporações (a maioria delas produtora de automóveis e ligada ao petróleo e às comunicações) que têm seus investimentos espalhados pelos 5 continentes. A nacionalidade delas é majoritariamente americana, japonesa, alemã, inglesa, francesa, suíça, italiana e holandesa. Portanto, pode-se afirmar sem erro que os países que assumiram o controle da primeira fase da globalização (a de 1450-1850), apesar da descolonização e dos desgastes das duas guerras mundiais, ainda continuam obtendo os frutos do que conquistaram no passado. A razão disso é que detêm o monopólio da tecnologia e seus orçamentos, estatais e privados, dedicam imensas verbas para a ciência pura e aplicada.

Politicamente a globalização recente caracteriza-se pela crescente adoção de regimes democráticos. Um levantamento indicou que 112 países integrantes da ONU, entre 182, podem ser apontados como seguidores (ainda que com várias restrições) de práticas democráticas, ou pelo menos, não são tiranias ou ditaduras. A título de exemplo lembramos que na América do Sul, na década dos 70, somente a Venezuela e a Colômbia mantinham regimes civis eleitos. Todos os demais países eram dominados por militares ( personalistas como no Chile, ou corporativos como no Brasil e Argentina). Enquanto que agora , nos finais dos noventa, não temos nenhuma ditadura na América do Sul. Neste processo de universalização da democracia as barreiras discriminatórias ruíram uma a uma (fim da exclusão motivada por sexo, raça, religião ou ideologia), acompanhado por uma sempre ascendente padronização cultural e de consumo.

A ONU que deveria ser o embrião de um governo mundial foi tolhida e paralisada pelos interesses e vetos das superpotências durante a guerra fria. Em conseqüência dessa debilidade, formou-se uma espécie de estado-maior informal composto pelos dirigentes do G-7 (os EUA, a GB, a Alemanha, a França, o Canadá, a Itália e o Japão), por vezes alargado para dez ou vinte e cinco, cujos encontros freqüentes têm mais efeitos sobre a política e a economia do mundo em geral do que as assembléias da ONU.

Enquanto que no passado os instrumentos da integração foram a caravela, o galeão, o barco à vela, o barco a vapor e o trem, seguidos do telégrafo e do telefone, a globalização recente se faz pelos satélites e pelos computadores ligados na Internet. Se antes ela martirizou africanos e indígenas e explorou a classe operária fabril, hoje utiliza-se do satélite, do robô e da informática, abandonando a antiga dependência do braço em favor do cérebro, elevando o padrão de vida para patamares de saúde, educação e cultura até então desconhecidos pela humanidade.

O domínio da tecnologia por um seleto grupo de países ricos, porém, abriu um fosso com os demais, talvez o mais profundo em toda a história conhecida. Roma, quando império universal, era superior aos outros povos apenas na arte militar, na engenharia e no direito. Hoje os países-núcleos da globalização (os integrantes do G-7), distam, em qualquer campo do conhecimento, anos-luz dos países do Terceiro Mundo.

Ninguém tem a resposta nem a solução para atenuar este abismo entre os ricos do Norte e os pobres do Sul que só se ampliou. No entanto, é bom que se reconheça que tais diferenças não resultam de um novo processo de espoliação como os praticados anteriormente pelo colonialismo e pelo imperialismo, pois não implicaram numa dominação política, havendo, bem ao contrário, uma aproximação e busca de intercâmbio e cooperação.

Quanto à exportação de produtos da vanguarda tecnológica (microeletrônica, computadores, aeroespaciais, equipamento de telecomunicações, máquinas e robôs, equipamento científico de precisão, medicina e biologia e químicos orgânicos), Os EUA são responsáveis por 20,7%; a Alemanha por 13,3%; o Japão por 12,6%; o Reino Unido por 6,2%, e a França por 3,0% , etc..logo apenas estes 5 países detêm 55,8% da exportação mundial delas.

Imagina-se que a Globalização, seguindo o seu curso natural, irá enfraquecer cada vez mais os estados-nacionais surgidos há cinco séculos atrás, ou dar-lhes novas formas e funções, fazendo com que novas instituições supranacionais gradativamente os substituam. Com a formação dos mercados regionais ou intercontinentais (Nafta, Unidade Européia, Comunidade Econômica Independente [a ex-URSS], o Mercosul e o Japão com os tigres asiáticos), e com a conseqüente interdependência entre eles, assentam-se as bases para os futuros governos transnacionais que, provavelmente, servirão como unidades federativas de uma administração mundial a ser constituída. É bem provável que ao findar o século 21, talvez até antes, a humanidade conhecerá por fim um governo universal, atingindo-se assim o sonho dos filósofos estóicos do homem cosmopolita, aquele que se sentirá em casa em qualquer parte da Terra.

alunas: Ariádne, Kyzyane, Thaís
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Selo nacional brasileiro




O Selo Nacional é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, conforme estabelece a Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971. Os outros símbolos da República são a Bandeira Nacional, o Hino Nacional e o Brasão das Armas.

Foi criado através do Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, e atende às seguintes especificações:

É formado por um círculo representando uma esfera celeste, idêntica à da bandeira nacional, tendo em volta as palavras "República Federativa do Brasil".

Uso

É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.

Feitura

Desenham-se duas circunferências concêntricas, havendo entre os seus raios a proporção de 3 para 4.
A colocação das estrelas, da faixa e da legenda Ordem e Progresso no círculo interior obedecerá às mesmas regras estabelecidas para a feitura da Bandeira Nacional.
As letras das palavras República Federativa do Brasil terão de altura um sexto do raio do círculo interior, e, de largura, um sétimo do mesmo raio.


Onde se usa o selo nacional brasileiro



Carteira de trabalho


CPF


Título de eleitor




alunas: ariádne, catarina, thais, kyzziane !
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Conflitos e Tensões no mundo atual

O mundo pós-Guerra Fria é bastante diferente daquele que se configurou após a Segunda Guerra Mundial. As relações entre os Estados ficaram mais complexas, e novos focos de atrito passaram a exigir formas originais de tratamento por parte da comunidade internacional. As tensões e conflitos no Oriente Médio, África Subsaariana, Índia, Afeganistão, Haiti, Bolívia e Colômbia são exemplos dessa nova configuração mundial.


Ásia: um continente explosivo

No continente asiático, os nacionalismos exacerbados, os embates entre diferentes etnias e a influência religiosa estão entre os fatores que desencadeiam ondas de intolerância e massacres como os que têm ocorrido no Afeganistão e no Oriente Médio.

AFEGANISTÃO

Cronologia

Sobre al-qaeda

Atentado de 11 setembro


PALESTINA

A disputa pela região da palestina começa com os primeiros grupos de pastores, agricultores e pescadores, por volta de 3500 a.C. A partir daí, vários povos – como: cananeus, hebraicos, egípcios, assírios, caldeus, persas, gregos, romanos e judeus – se destacaram nessa disputa até 70 d.C. dando origem a episódios como o Êxodo dos hebreus e a Diáspora do povo judeu. No século V, a região da Palestina pertencia ao Império Romano do Oriente, que mais tarde, no século VII, perderia a região para os árabes muçulmanos que se incorporariam ao Império Turco.

Após a Primeira Guerra Mundial, os países europeus passaram a dominar a área e em 1918, a Grã-Bretanha passou a ficar responsável pela Palestina. Por uma infeliz coincidência, o território foi prometido tanto para os judeus, quanto para os árabes, fato que deixou o povo árabe insatisfeito por receberem menor parte das boas áreas para cultivo. Com a Segunda Guerra Mundial essa tensão entre os dois povos se tornou maior com a emigração judaica para a Palestina, devido à perseguição alemã.


Em 1948, a ONU ganha a administração da região, dividindo a Palestina em duas partes. Desde a criação do Estado de Israel, no mesmo ano, o Oriente Médio vem sendo palco de confrontos entre israelenses, palestinos e árabes por terra e poder além de diferenças religiosas.

A PRIMEIRA GUERRA ENTRE ÁRABES E ISRAELENSES

Teve inicio com a recusa árabe à partilha da Palestina, determinada pela ONU. A guerra envolveu, Israel, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e Arábia Saudita. Com a vitória de Israel, as terras foram redistribuídas e um imenso número de refugiados palestinos ficou sem um território, o que complicou ainda mais a paz na região e provocou a Diáspora palestina.

GUERRA DE SUEZ

Em outubro de 1956, Israel – apoiado pela França e Grã-Bretanha – declarou guerra ao Egito pelo controle do canal de Suez, para reabrir o porto de Eilat, no Golfo de Ácaba e viabilizar projetos de irrigação do Deserto de Neguev, além de restabelecer os interesses financeiro e geopolíticos franco-britânicos. Mesmo ganhando a guerra, mais tarde, Israel foi forçado pela ONU a recuar as fronteiras.

AL FATAH

Na década de 1950, a classe média exilada, que tinha maior acesso à participação política, começou a se organizar na luta contra Israel, nascia então o grupo político-militar denominado Al Fatah. O grupo começou a tomar corpo entre 1956 e 1959 e caracterizou-se como um movimento anti-sionista e antiimperialista.

GUERRA DOS SEIS DIAS

Com a criação do Al Fatah a tenção entre palestinos e judeus atingiu níveis críticos com ataques terroristas e retaliações. O conflito envolveu a Síria, Jordânia e o Egito, que ordenou a retirada das tropas da ONU de suas terras, bloqueando novamente o Golfo de Ácaba e o porto de Eilat.

Israel saiu vitorioso e conquistou a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as colinas sírias de Golã.

GUERRA DO YOM KIPPUR

Envolvendo novamente Egito, Síria e Israel, foi um ataque surpresa, desferido pelos sírios e egípcios durante o feriado judeu chamado Yom Kippur (Dia do Perdão), contra as áreas ocupadas pelos israelenses desde 1967. O conflito teve fim com a interferência dos Estados Unidos, União Soviética e da ONU. Mesmo assim os israelenses não devolveram os territórios conquistados nas guerras anteriores.

O PETRÓLEO SE TRANSFORMA EM ARMA

Com a utilização do petróleo como arma pelos Estados Árabes a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) boicotou o fornecimento aos países que apoiavam Israel, paralelamente, por conta da guerra, o preço do barril de petróleo aumentou, causando uma crise econômica de grandes proporções, fazendo com que Arafat mudasse sua estratégia e convencendo a ONU a reconhecer a OLP (Organização para a Liberação da Palestina) como membro observador.

A INTIFADA

Em 1987, em Gaza, uma rebelião popular, contra os soldados israelenses, explodiu após o atropelamento e a morte de quatro palestinos por um caminhão militar israelense. Adolescentes munidos de paus e pedras enfrentaram tanques, bombas de gás e balas de borracha do exercito israelense. O que chamou a atenção do Conselho de Segurança da ONU, condenando a repressão israelense.

Tal fato influenciou a opinião mundial a favor da OLP. Em 1988, o Conselho Nacional Palestino proclamou o Estado Independente da Palestina, e reconheceu a existência do Estado de Israel, declarando também, sua rejeição ao terrorismo e seu interesse em uma conferência internacional de paz.

TENTATIVAS DE PAZ

  • 1993 – Israel e a OLP chegam a um primeiro acordo sobre a autonomia palestina;
  • 1994 – Arafat volta para a Palestina e forma, em Gaza, a Autoridade Palestina;
  • 1995 – Itzhak Rabin e Yasser Arafat assinam, em Washington, um acordo sobre a extensão da autonomia palestina na Cisjordânia. No fim desse mesmo ano Itzhak Rabin é assassinado por um militante religioso israelense de extrema-direita;
  • 1996 – É realizada uma reunião de cúpula em Washington entre o presidente Bill Clinton, Yasser Arafat, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o rei Hussein, da Jordânia;
  • 1997 – Israel aceita retirar parte de suas tropas da Cisjordânia;
  • 1998 – As negociações entre Israel e palestinos resulta no acordo de Wye Plantation. Ocorrendo a segunda retirada militar israelense, a libertação de 750 prisioneiros palestinos e a transferência de autoridade civil sobre 21% da Cisjordânia para os palestinos;
  • 1999 – O primeiro-ministro israelense Ehud Barak e Arafat assinam uma renegociação dos acordos de Wye Plantation, havendo uma retirada israelense da Cisjordânia;
  • 2000 – Fracassa a reunião de cúpula palestino-israelense para relançar negociações de paz. O papa João Paulo II fez um apelo contra a violência que resultou em um acordo entre palestinos e judeus. O presidente dos EUA apresenta proposta de paz, rejeitada pelos palestinos que eram contra a eleição de Ariel Sharon para primeiro-ministro de Israel;
  • 2002 – Ocorrem os ataques israelenses contra territórios palestinos e aumenta a freqüência de ataques dos homens-bomba palestinos contra Israel;
  • 2004 – Morre o líder palestino Yasser Arafat;
  • 2005 – Mahmoud Abbas, candidato do movimento nacionalista Fatah é eleito como líder da Palestina. O que deixou as lideranças israelenses otimistas com a crença de que Mahmoud Abbas tinha interesse em negociar a paz.

CORÉIAS

A tensão entre Coreia do Sul e Coreia do Norte tem origem na divisão de poder global após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) quando os Estados Unidos ficaram com o sul e a União Soviética estabeleceu suas tropas no norte.

Em 1950, os norte-coreanos decidiram tentar unificar as Coreias por meio de uma declaração de guerra ao Sul. Começava ali a Guerra da Coreia (1950-1953). O conflito foi encerrado com ambos os lados voltando para os limites do paralelo 38, a linha que marcava a divisão entre os territórios comunistas e capitalistas. Apesar do Tratado de Pan-munjom, um acordo de paz nunca foi estabelecido, e as Coreias continuam oficialmente em guerra até hoje.

Mais recentemente, em março de 2010, um ataque de um submarino norte-coreano provocou o afundamento de um navio militar da Coreia do Sul, matando em torno de 46 militares. Parte da agressividade da Coreia do Norte pode ser atribuída à chantagem militar do governo norte-coreano, liderado pelo ditador Kim Jong-il, que é incapaz de suprir todas as necessidade de sua população.

O ataque mais atual da Coreia do Norte aos sul-coreanos, em 23 de novembro desse ano, à ilha de Yeongpyeong, no Mar Amarelo, matando dois militares e também deixando 20 feridos (3 deles civis), quatro dos militares feridos ficaram em estado grave. Vários projéteis norte-coreanos caíram sobre a ilha e outros no mar, segundo o comando militar de Seul. O Exército sul-coreano revidou ao ataque com caças de combate F-15 e F-16 após as autoridades qualificaram a ação como uma "clara provocação militar" e disseram que, se houver provocação similar, haverá uma "dura represália". Esse foi um dos maiores bombardeios desde 1950.

A Coréia do Norte alega que os sul-coreanos começaram a atirar, mas não entraram em detalhes sobre como teria sido o ataque inicial.

A tensão entre os dois países tinha aumentado nos últimos dias, depois que um cientista norte-americano afirmou que a Coreia do Norte constrói instalações para enriquecer urânio que poderiam ser utilizadas rapidamente para fins bélicos.


Guerras no Líbano

Por tradição, o poder no Líbano era distribuído com base em critérios religiosos, entre os cristãos maronitas, sunitas, xiitas, cristãos ortodoxos e drusos. Esse “equilíbrio” foi abalado com alto número de refugiados palestinos no Líbano, fazendo com que cada grupo religioso reagisse de uma forma. Apesar das tentativas da ONU para acalmar os ânimos, em 1975, estoura a guerra entre as facções religiosas. Os sírios decidiram intervir a favor dos maronitas, o que causou protestos dos árabes e a intervenção dos EUA, França e União Soviética, que organizaram o Encontro de Riad, na Arábia Saudita que obrigou a Síria a sair do Líbano.

No ano seguinte, o assassinato de Kamal Jumblatt deu origem a uma nova onde de violência e a invasão de Israel ao Líbano. Nos anos 1990, como fim da guerra, iniciou-se o processo de reconstrução da economia, cidades e infra-estrutura do Líbano. Nos anos seguintes Israel e a Síria retiraram seus soldados do país, porém, na fronteira com Israel, bases do Hezbollah haviam se fixado com o intuito de destruir o estado de Israel para construir o Estado palestino no lugar.

Preocupado com o contínuo crescimento do Hezbollah, Israel deu início a guerra contra o Líbano, supostamente, para destruir bases do grupo, matando milhares de civis inocentes. Novamente a ONU, intercedeu e propôs um cessar-fogo.


Tensões no Irã e no Iraque

Em 1935, Reza Pahlevi, altera o nome do país de Pérsia para Irã, contrapondo-se à influência russa e britânica e aproximando-se da Alemanha. Em 1941 a União Soviética entra no conflito ao lado dos britânicos e derrubou Reza Pahlevi, mais tarde, o primeiro-ministro Mohammad Mossadegh nacionalizou o petróleo e contrariou os interesses norte-americanos, que enviaram uma equipe da CIA (Agência Central de Inteligência) para derrubar Mossadegh e abrir as portas pra influência direta dos EUA.

Em 1975 foi instituído o unipartidarismo, intensificando a oposição a monarquia. Com a intensificação dos protestos, aiatolá Ruholá Khomeini, líder religioso xiita exilado do Irã desde 1963, assumiu o poder e o Irã tornou-se uma república islâmica.


Guerra Irã-Iraque

O radicalismo xiita do Irã alertou o presidente do Iraque, Saddam Hussein, seguidor da seita sunita, que se aproveitou da fragilidade política do Irã para declarar guerra aos iranianos atrás de petróleo e contole moral contra a influência xiita no Iraque. No entanto, o Irã resistiu e a guerra se arrastou por 8 anos.

A GUERRA DO GOLFO

O Iraque invadiu o Kuwait acusando o país de causar uma baixa no preço do petróleo e vender acima da cota estabelecida pela Opep, pedindo também uma indenização, além de territórios kuwaitianos, para compensar o prejuízo econômico. Com a invasão, o presidente dos EUA, George Bush enviou tropas para o Golfo Pérsico enquanto a ONU decretava boicote econômico ao Iraque, fazendo com que Hussein ordenasse a prisão de todos os estrangeiros residentes no iraque.

Com a autorização da ONU, os americanos iniciaram os bombardeios contra as forças iraquianas, que destruíram o Kuwait. Por sua vez, o Iraque bombardeou Israel e a Arábia Saudita, aliados dos EUA. Em 1991, as forças de coalizão invadiram o Kuwait e o sul do Iraque fazendo Hussein assinar o cessar-fogo.

UMA NOVA GUERRA CONTRA O IRAQUE

A tensão entre os EUA e o Iraque continuou. Os EUA afirmaram que Irã, Iraque e Coréia do Norte formavam o “eixo do mal” por desenvolver armas de destruição em massa. Mesmo, os três países, rejeitando a acusação, o serviço secreto norte-americano tentou derrubar o governo de Hussein.

Ao mesmo tempo em que os EUA pressionava a ONU para desarmar o Iraque e ameaçou atacar Bagdá se o Iraque não destruísse suas armas. Em 2003, a força de coalizão anglo-americana atacou o Iraque e avançou rumo a Bagdá, tomando a capital e ganhando a Autoridade Provisória, dada pela ONU. Em 2005 os iraquianos escolheram os integrantes da Assembléia Nacional para elaborar uma nova Constituição, além de escolher os integrantes de mais 18 assembléias e do parlamento curdo.

Mesmo com tudo isso, o país não ficou estável e mergulhou em uma violenta guerra civil entre sunitas e xiitas, chamada pelos EUA de Segunda Guerra do Iraque, em que estes assumiram o papel de comandantes de um mundo “livre e democrático”. Constatou-se depois que o Iraque não possuía nenhuma das armas que motivaram a invasão anglo-americana.


Índia versus Paquistão: A guerra pela Caxemira

A disputa da Caxemira entre Índia e Paquistão vem ocorrendo desde a criação dos dois países. O Paquistão se formou a partir de uma maioria muçulmana, a Índia permaneceu dominada pelos hindus.

Entre 1947 e 1948 ocorreram os primeiros conflitos pela disputa da Caxemira. O resultado foi a divisão, liderada pela ONU, em 1949, de uma parte da Caxemira para a Índia e outra para o Paquistão.

Em 1990 os conflitos se intensificaram motivados pelo radicalismo crescente dos guerrilheiros paquistaneses e, no lado indiano, pelo acirramento da repressão militar e do fundamentalismo hindu.

A tensão na Caxemira serviu de justificativa para que a Índia e Paquistão militarizassem suas fronteiras e, mesmo sendo países com enormes taxas de pobreza, gastassem muito dinheiro com tecnologias bélicas. Índia e Paquistão dispõem de bombas atômicas. Atualmente, a Índia tem 65 bombas atômicas, e o Paquistão, 40.

O conflito está longe de se resolver, uma vez que as motivações não são apenas questões territoriais, mas também diferenças religiosas.


África: estudos de caso

Grande parte do continente africano é cenário de profundos conflitos sociais, econômicos políticos e étnicos. Os problemas que atingem a maioria dos países africanos refletem em grande parte da herança colonial, que desequilibra as economias locais e gera conflitos entre grupos sociais e políticos.


África do Sul

Os europeus chegaram à região em 1487. Durante o século XVII, a área foi povoada por protestantes holandeses, franceses e alemães. Esses colonos brancos, denominados bôeres ou africânderes, fixaram-se na região e desenvolveram uma língua própria derivada do holandês, o africâner.

A partir de 1913, a minoria branca, composta de africânderes e descendentes de britânicos, promulgou uma serie de leis que consolidaram seu poder sobre a maioria negra. Em meados do século XX, o Partido Nacional (PN), basicamente africânder, chegou ao poder e estabeleceu uma política ainda mais abrangente e rigorosa de segregação racial, o apartheid (separação, em africâner). O apartheid impediu o acesso dosnegros à propriedade da terra e à participação política, alem de obrigá-los a viver em zonas residenciais separadas dos brancos. Também os casamentos e as relações sexuais entre brancos e negros foram proibidos.

O regime racista da África do Sul entrou em crise no final dos anos 1970 e inicio dos anos 1980, em decorrência do fim do império colonial português, em 1974-1975, e da queda do governo de minoria branca na Rodésia (atual Zimbábue) em 1980. Em 1984, uma revolta popular contra o apartheid levou o governo a decretar a lei marcial. A comunidade internacional reagiu à medida, e a ONU declarou sanções à África do Sul, uma forma de pressão para forçar o fim do apartheid.

Em 1992, num plebiscito realizado somente por brancos, sessenta e nove por cento dos votantes se pronunciaram a favor do fim do apartheid.

Em maio de 1994, Nelson Mandela, eleito presidente da África do Sul pelo CNA, tomou posse do cargo. Essa organização juntou-se ao PN, formando o primeiro governo multirracial do país.

Em novembro de 1994, o parlamento aprovou a Lei de Direitos sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela Lei das Terras Nativas. Em 1995 a Comissão de Reconciliação e Verdade (CRV) foi criada para investigar e julgar crimes contra os direitos humanos praticados durante a vigência do apartheid.

Em 1997, Nelson Mandela renunciou à liderança do CNA , mas permaneceu no cargo de presidente até junho de 1999, quando foi substituído por Thabo Mbeki, eleito presidente da África do Sul.

ANGOLA, UM PAÍS DILACERADO

A colonização portuguesa em angola transformou a área em fonte fornecedora de escravos para o Ocidente.

Na década de 1960 cresceu a resistência ao colonialismo português, organizada pela UPA (União dos Povos Angolanos). Mas a luta anticolonial logo se dividiu em três grupos, caracterizados por diferenças étnicas e ideológicas: o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola); a FNLA (Frente Nacional para a Libertação de Angola) e a Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola)

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

Após a Revolução dos Cravos, o novo governo português anunciou um plano de descolonização de Angola. Assinado em 1975, o Tratado de Alvor, previa um governo de transição naquele país. Não obstante, o acordo resultou em uma sangrenta guerra civil entre as facções.

Concomitantemente, soldados cubanos ajudaram o MPLA a manter o domínio sobre a capital. Portugal saiu formalmente de Angola, porém não reconheceu nenhum dos grupos como governo, o que favoreceu a ascensão do líder do MPLA, Agostinho Neto.

O IMPASSE ANGOLANO

Em 1979, com a morte de Agostinho Neto, José Eduardo dos Santos, também do MPLA, assumiu a presidência. Em 1988, um acordo assinado define a retira as tropas cubanas. Ao terminar a retirada, o governo do MPLA e a Unita assinaran um acordo de paz e convocaram eleições, que aconteceram na presença de observadores internacionais que reconheceram a vitória de José Eduardo dos Santos para presidência, Jonas Savimbi, líder da Unita, não aceita a derrota e reinicia a guerra civil.

O ACORDO DE LUSAKA

Em 1994, em Lusaka, o MPLA e a Unita assinaram um novo acordo de paz, a ONU confirma que cerca de 81% dos soldados da Unita haviam deposto as armas. Mas Jonas Savimbi, permaneceu com seus homens e recusou-se a entregar o controle das áreas de exploração de diamantes.

Em 1998 a ONU reconheceu que a Unita ainda estava em atividade e proibiu que atuassem no governo e na Assembléia Nacional.

Em abril de 2002, os comandantes das Forças Armadas de Angola e a Unita assinaram um cessar-fogo, acabando com a guerra civil que ainda faz vítimas com merca de 12 milhões de minas terrestres que continuam matando e mutilando a população.

A proposta previu a integração dos guerrilheiros da Unita ao Exército e â polícia angolanos mesmo contrariando a ONU. O desafio do governo agora é a reconstrução do país, valendo-se de diamantes e petróleo para contratar empresas estrangeiras que atuam na recuperação de todos os setores.


América Latina

HAITI

A história do Haiti é marcada por sucessivos golpes de Estado e governos autoritários, além de viver 30 anos sob a ditadura da família Duvalier, com o apoio dos Estados Unidos, que deixaram uma herança de miséria, bandos armados e corrupção institucionalizada. Sob o olhar atento da comunidade internacional o padre Jean-Bertrand Aristide foi eleito e deposto logo em seguida com um golpe liderado pelo general Raoul Cédras.

Em 1993, Aristide assinou um pacto com Cédras em Nova York prevendo seu retorno ao cargo, após sansões econômicas impostas pela ONU e EUA. Com isso conseguiu governar até o final do mandato, foi reeleito, porém, crises políticas e econômicas enfraqueceram sua liderança irreversivelmente. Com a saída de Aristide, o chefe do Judiciário, Alexandre Boniface, assumiu. Com os saques e tumultos no Haiti, o Brasil foi designado pela ONU para liderar uma força de paz para assegurar a ordem, desmantelar as milícias locais, dar segurança e proteção aos civis, garantir restauração do Estado democrático e monitorar o cumprimento dos direitos humanos.

BOLÍVIA

Tem a economia baseada principalmente na exportação de produtos primários para a vários países da américa. Em 1985, o presidente Victor Paz Estenssoro, promulgou uma lei abrindo os mercados ao comércio internacional, seguindo assim, a “racionalização” das empresas públicas. Ao longo dos anos 1990os recursos naturais, assim como os serviços básicos firam privatizados.

Em 2000 as ondas de protestos, greves de fome, ocupações de estradas e insurreições comaram conta do país. Os setores populares iniciaram então um novo período de lutas com a formação de movimentos de esquerda, possibilitando a vitória de 41 deputados indígenas filiados ao MIP (Movimento Indígena Pachacuti) e ao MAS (Movimento ao Socialismo), nas eleições de 2002.

Em 2003, Golzalo Sánchez de Lozada foi eleito presidente da República, causou violentos protestos nas ruas da Bolívia ao publicar um projeto de exportação de gás natural para os EUA e México. Foi substituído pelo vice-presidente Carlos Mesa, que também renunciou por não atender as reivindicações populares.

UM INDÍGENA NA PRESIDÊNCIA

O avanço dos movimentos populares, na Bolívia, resultou, em 2005, na eleição de Evo Morales como presidente, contando com grande apoio dos pobres e indígenas. Em 2006, cumprindo suas promessas, Evo nacionalizou as refinarias de petróleo e de exploração de gás, mais tarde, formalizando a compra das refinarias e colocando um fim ao impasse promovido durante o anúncio da nacionalização.

COLÔMBIA

O conflito colombiano é protagonizado por guerrilheiros, narcotraficantes e paramilitares que lutam entre si e contra as Forças Armadas. As causas desse conflito iniciam-se nos anos 1930, onde surgiram novas propostas para atuação dos governantes para alcançar o progresso.

Na Colômbia, a aliança entre o governo e os EUA, impediu que essas propostas fossem implementadas, o que gerou a formação de grupos armados que defendiam a urgência da implementação de um pacote de reformas. Houve repressão por parte do governo com o apoio dos EUA, conhecido como La violência.

Na década de 1960, o movimento popular passou a contar com três grupos guerrilheiros: Farc (Forças Armadas Revolucionárias), ELN (Exército de Liberação Nacional) e EPL (Exército Popular de Libertação). O Presidente eleito em 2002 e reeleito em 2006, Álvaro Uribe, não têm conseguido sucesso em acabar com o conflito, deixando a conquista da paz na Colômbia longe de ser uma realidade.

BRASIL

A guerra entre polícia e traficantes, no Rio de Janeiro, vem se intensificandos cada vez mais, principalmente após a cidade ser escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 e uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Em 26 de novembro a guerra recebeu o reforço de 800 homens do Exército e 300 da Polícia Federal, totalizando 2.600 homens das Forças Armadas e das polícias Militar, Civil e Federal, o objetivo da ação foi tomar o Complexo do Alemão, até então, dominado pelos traficantes. Após o isolamento e fechamento do cerco do Complexo para evitar as fugas dos traficantes, a tomada de território aconteceu, no dia 28 de nsovembro (domingo) pela manhã, sendo feita pelas 40 entradas do Complexo com blindados levando atiradores do Bope para abrir caminho para o restante do contingente.

Em um território onde ninguém arriscava entrar, a apreensão é grande. Conforme a polícia avançava no Complexo, ia descobrindo fortalezas do tráfico, com armas e drogas em enormes quantidades, além de hospitais improvisados, para atender os bandidos feridos. s

Trabalho feito por alunos do 3º ano ''D''

Alunos: Raíssa Costa, Moises , Jhonatan , Jessica e Ailton.

Matéria: História

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Selos Nacionais


SELOS NACIONAIS

É um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, conforme estabelece a Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971. Foi criado através do Decreto nº4, de 19 de dezembro de 1889.

É formado por um círculo representando uma esfera celeste, idêntica à da bandeira nacional, tendo em volta as palavras "República Federativa do Brasil".

É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.

MODO DE SER FEITO:

- Desenham-se duas circunferências concêntricas, havendo entre os seus raios a proporção de 3 para 4.

- A colocação das estrelas, da faixa e da legenda Ordem e Progresso no círculo interior obedecerão às mesmas regras estabelecidas para a feitura da Bandeira Nacional.

- As letras da palavra República Federativa do Brasil terão de altura um sexto do raio do círculo interior, e, de largura, um sétimo do mesmo raio.

Janayna A. Avelar 21

Kimberly Adny 25

Roberta Súline 37


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Selos Nacionais


SELOS NACIONAIS

É um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, conforme estabelece a Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971. Foi criado através do Decreto nº4, de 19 de dezembro de 1889.

É formado por um círculo representando uma esfera celeste, idêntica à da bandeira nacional, tendo em volta as palavras "República Federativa do Brasil".

É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.

MODO DE SER FEITO:

- Desenham-se duas circunferências concêntricas, havendo entre os seus raios a proporção de 3 para 4.

- A colocação das estrelas, da faixa e da legenda Ordem e Progresso no círculo interior obedecerão às mesmas regras estabelecidas para a feitura da Bandeira Nacional.

- As letras da palavra República Federativa do Brasil terão de altura um sexto do raio do círculo interior, e, de largura, um sétimo do mesmo raio.


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Conhecendo os Símbolos Nacionais

Todas as comunidades possuem símbolos que as representam e não poderia ser diferente no Brasil. No dia 18 de setembro, comemoramos o Dia dos Símbolos Nacionais. Mas quais seriam exatamente esses símbolos?
A resposta é simples: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional, que são regulamentados pela LEI No 5.700, de 1 de Setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.


Bandeira Nacional:

Nossa bandeira foi criada em 19 de novembro de 1889, quatro dias depois da proclamação da República. Ela foi projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos. O desenho foi feito por Décio Vilares e a inspiração veio da bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret, com o círculo azul com a frase positivista "Ordem e Progresso" no lugar da coroa imperial.

Cada uma das quatro cores da Bandeira Nacional tem um significado: o verde simboliza nossas matas, o amarelo é o ouro (representando as riquezas nacionais) e o branco é a paz. O círculo azul representa o céu do Rio de Janeiro com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 de 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República.

A única alteração na Bandeira Nacional desde então foi em 1992, quando a Lei No 8.421, de 11 de Maio de 1992, fez com que todos todos os novos estados brasileiros, bem como o Distrito Federal, sejam representados pelas estrelas, bem como estados extintos sejam suprimidos de sua representação.


Armas Nacionais:

As Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) representam a glória, a honra e a nobreza do Brasil e foram criadas na mesma data que a Bandeira Nacional. O uso das armas é obrigatório nos edifícios-sede dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos governos federal, estaduais e municipais, além dos quartéis militares e policiais e em todos os papéis oficiais de nível federal (publicações, convites etc.).

As armas são formadas por um escudo redondo sobre uma estrela de cinco pontas e uma espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul. Há um ramo de café à esquerda e um de fumo à direita. A data que aparece nas armas, como você deve saber, é a proclamação da República.


Selo Nacional:

A finalidade do Selo Nacional é a autenticação dos documentos oficiais. Seu uso é obrigatório em qualquer ato do governo e em diplomas e certificados escolares.

Ele reproduz a esfera que existe na Bandeira Nacional.



Hino Nacional:

O Hino Nacional do Brasil tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865). Foi oficializado pela Lei nº 5.700, de 1 de setembro de 1971, publicada no Diário Oficial (suplemento) em de 2 de setembro de 1971.


HINO NACIONAL BRASILEIRO

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com o braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!


Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso.
E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.


Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil! ”

autor da letra: Joaquim Osório Duque Estrada - 'Biografia' - 1870/1927
autor da música: Francisco Manuel da Silva - 'Biografia' - 1795/1865




Hino à Bandeira

Letra de Olavo Bilac (1865-1918)
Música de Francisco Braga (1868-1945)
Apresentado pela 1ª vez em 9/11/1906


Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz.
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Contemplando o teu vulto sagrado
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.

Sobre a imensa Nação brasileira
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor.



As antigas bandeiras do Brasil


Bandeira da Ordem de Cristo.(1332 - 1651) A primeira hasteada em solo brasileiro.A Ordem de Cristo, rica e poderosa, patrocinou as grandes navegações lusitanas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira. A cruz de Cristo estava pintada nas velas da frota cabralina e o estandarte da Ordem esteve presente no descobrimento de nossa terra, participando das duas primeiras missas. Os marcos traziam de um lado o escudo português e do outro a Cruz de Cristo.


Bandeira Real(1500 - 1521). A primeira do Reino de Portugal, nas naus do descobrimento.Era o pavilhão oficial do Reino Português na época do descobrimento do Brasil e presidiu a todos os acontecimentos importantes havidos em nossa terra até 1521. Como inovação apresenta, pela primeira vez, o escudo de Portugal.


Bandeira de D. João III(1521 - 1616).Usada no Brasil durante a colonização.O lábaro desse soberano, cognominado o "Colonizador", tomou parte em importantes eventos de nossa formação histórica, como as expedições exploradoras e colonizadoras, a instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e a posterior divisão do Brasil em dois Governos, com a outra sede no Maranhão.


Bandeira do Domínio Espanhol(1616 - 1640), utilizada durante o domínio espanhol em terras portuguesas.Este pendão, criado em 1616, por Felipe II da Espanha, para Portugal e suas colônias, assistiu às invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica".


Bandeira da Restauração( 1640 - 1683). Bandeira do Reinado de D. João VI, marca o fim do domínio espanhol.Também conhecida como "Bandeira de D. João IV", foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol, para caracterizar o ressurgimento do Reino Lusitano sob a Casa de Bragança O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses de nosso território. A orla azul alia à idéia de Pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a Padroeira de Portugal, no ano de 1646.


Bandeira do Principado do Brasil(1645 - 1816). Primeiro sinal de presença do Brasil, no campo político mundial, como parte integrante da nação portuguesa.O primeiro pavilhão elaborado especialmente para o Brasil. D João IV conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil", distinção transferida aos demais herdeiros presuntivos da Coroa Lusa. A esfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso País.


Bandeira de D. Pedro II(1683 - 1706), de Portugal. Bandeira do reinado de D. Pedro II, utilizada após a morte de D. Afonso VI.Esta bandeira presenciou o apogeu de epopéia bandeirante, que tanto contribuiu para nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo), que voltaria a surgir na Bandeira Imperial e foi conservado na Bandeira atual, adotada pela República.


Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700).Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado dos três pavilhões já citados, a Bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a Bandeira de D. Pedro II, de Portugal.


Bandeira do Reino Unido de Portugal(1816-1821), Brasil e Algarves. Bandeira do período de D. João VI.Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina, a Revolução Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas lideranças quanto à necessidade e à urgência de nossa emancipação política. O Brasil está representando nessa bandeira pela esfera armilar de ouro, em campo azul, que passou a constituir as Armas do Brasil Reino.


Bandeira do Regime Constitucional( 1821- 1822). Última a tremular no Brasil com traços que lembram Portugal.A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821.Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.


Bandeira Imperial do Brasil(1822 - 1889). Marca da emancipação política do Brasil, utilizada até a Proclamação da República.Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, era composta de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.


Bandeira Provisória da República(15 a 19 Nov 1889). Utilizada de 15 a 19 de novembro de 1889, sendo substituída pela atual.Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.



Relação Estrela-estado da Federação



Integrantes do grupo:
Gledson,Gustavo,Jaci,Lucas,Lenoir,Nicolas.
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