Brasília

Localização geográfica



O Distrito Federal está localizado entre os paralelos de 15º e 16º de latitude sul e os meridianos de 47º e 48º de longitude, a uma altitude de 1 000 a 1 200 metrosacima do nível do mar, na Região Centro-Oeste, ocupando o centro do Brasil. Sua área é de 5.789,16 km2, equivalendo a 0,06% da superfície do País.

Clima

O clima é tropical de altitude, com um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e frio. A temperatura média anual é de cerca de 21 °C,podendo chegar em media aos 29,7 °C, e tem minimas de 12,5 °C nas madrugadas de inverno. A temperatura, porém, varia de forma significativa nas áreas menos urbanizadas, onde a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10 °C a 5 °C. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos durante o inverno.


Relevo

Na maior parte plano, apresentando algumas leves ondulações.Planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado pico do Roncador, na serra do Sobradinho (1.341 m).

Um grande bloco rochoso em Brasília é o Planalto Central que é formado por rochas cristalinas, que se apóiam camadas de rochas sedimentares.


Vegetação

O Distrito Federal é uma região que possui uma grande variedade de vegetação, reunindo 150 espécies. A maioria é nativa, típica do cerrado, com altura media de 15m a 25.Algumas das principais espécies são: pindaíba, paineira, ipê-roxo, ipê-amarelo, pau-brasil e buriti.

O desmatamento provocado pela expansão da agricultura é um dos problemas enfrentados no Distrito Federal, segundo a Unesco, desde sua criação, nos anos 1950, 57% da vegetação original não existe mais. Para colaborar com a preservação, são realizados programas de conscientização e de reformas para diminuir a degradação da vegetação e também da fauna e rios.

População




Ano População

1960 140 165

1970 537 492

1980 1 176 935

1991 1 601 094

1996 1 821 946

2000 2 051 146

2007 2 455 903

2009 2 606 885

O ritmo de crescimento populacional na primeira década foi de 14,4% ao ano, com um aumento populacional de 285%. Na década de 1970 o crescimento médio anual foi de 8,1%, com um incremento total de 115,52%. A população total de Brasília, que não deveria ultrapassar 500 mil habitantes em 2000,mas atingiu esta cota no início da década de 1970, e entre 1980 e 1991 a população expandiu em mais 36,06%. O Plano Piloto, que na inauguração concentrava 48% da população do Distrito Federal, gradativamente perdeu importância relativa, chegando a 13,26% em 1991, passando o predomínio para as cidades-satélite.

A população de Brasília é formada por migrantes de todas as regiões brasileiras, do Sudeste e do Nordeste, além de estrangeiros, que vão trabalhar nas embaixadas espalhadas pela capital federal. Brasília hospeda 119 embaixadas estrangeiras.Dados de 2003 apontavam que mais da metade da população de Brasília não nasceu em Brasília, sendo 1 milhão de brasilienses contra 1,2 milhão vindos de outros locais.

Brasília seria o que hoje se denomina Região Administrativa, composta em sua parte urbana pelo chamado Plano Piloto. Com cerca de 277.000 habitantes (só o plano piloto, composto pelos bairros Asa Sul e Asa Norte), e uma área de 472,12 quilômetros quadrados, é a 2ª maior Região Administrativa do Distrito Federal em termos de população, atrás de Ceilândia (com 332.455 habitantes), mas Taguatinga, também é populosa, (com 223.452 habitantes).


Índice de Desenvolvimento Humano

Desde 1991, o Distrito Federal é líder em qualidade de vida entre as 27 unidades da Federação, segundo o índice de Desenvolvimento Humano medido pela ONU. Em uma escala que vai de 0 a 1, o IDH do DF passou de 0, 799 em 1991 para 0,849 em 2003, bem acima da média brasileira, que é de 0,766.

O cálculo do IDH é feito em três variáveis: renda, longevidade e educação. O índice máximo de 1,0 não foi atingido até agora em nenhum lugar do mundo. O campeão de IDH, entre os países, é a Noruega, com índice de 0.942, seguido da Suécia, com 0,941. O índice na Região Administrativa de Brasília, onde está instalado o chamado Plano Piloto, chega perto dos melhores do mundo, com a marca de 0,936.

Mesmo em cidades-satélites, como o Cruzeiro, pode-se apresentar um otimo resultado, da ordem de 0,928, enquanto outra satélite, mais pobre, denominada de Samambaia, ainda está numa faixa razoável, na ordem de 0,781.

O DF é uma cidade-estado, com pouca população rural, quase nenhuma favela e características diferentes do restante do país, onde as condições de vida para as comunidades mais pobres são melhores do que nos demais centros urbanos.

O índice de escolarização (que tem peso de 51,8% no cálculo do IDH) é o maior do Brasil. O número de crianças entre sete e 14 anos matriculadas nas escolas chegou a 98,7%. No serviço público, responsável por quase metade da economia local, 50% dos funcionários têm nível universitário, 30% nível médio e só 20% ficaram no básico. Também há postos de saúde, coleta de lixo, água potável e esgoto sanitário para quase 100% da população do DF, incluindo as cidades-satélites mais pobres.

Tudo isso transforma o Distrito Federal num lugar ideal para se morar onde o Índice de Desenvolvimento Humano ajuda a implantação de novos empreendimentos, pois as condições de segurança estão muito acima da média nacional.

Renda per capta


Além de ser centro político, Brasília é um importante centro econômico. A cidade é a 3ª mais rica do Brasil, com o Produto Interno Bruto de 99,5 bilhões de reais, o que representa 3,76 % de todo o PIB brasileiro.

Problemas sócio – ambientais





A Vila Estrutural é a segunda maior área de invasão do Distrito Federal (só perde para Itapuã, perto do Paranoá), porém é considerada a invasão em condições mais críticas do DF. Os moradores da Vila sofrem com ruas estreitas e sem asfalto, carência de escolas e hospitais: há apenas uma escola de nível fundamental, a Escola Classe 01 da Vila Estrutural; e um posto de saúde, para atender a uma população estimada de 35 mil habitantes em 2005. Não há Corpo de Bombeiros para conter os constantes incêndios de barracos no local. Há postos policiais da PM e da Polícia Civil. O espaço onde a Vila está tem passado por valorização, pois é a aglomeração urbana mais próxima de Brasília entre todas as cidades do Distrito Federal.

Segundo pesquisas apresentadas no seminário “ A Questão Ambiental Urbana: Experiências e Perspectivas”, realizado no final de julho de 2004, na Universidade de Brasília, a renda média das famílias que vivem na Estrutural é de um a três salários mínimos mensais, mas pode-se encontrar famílias que ganham até seis salários mínimos por mês. Os catadores de lixo, que eram maioria quando a favela começou, em 2004 eram 700 pessoas das 25.000 residentes na Estrutural naquela época. Isso mostra que a população original mudou-se do local ou trocou de ocupação, pois a maior parte dos moradores da Estrutural tem empregos informais, ou são autônomos. A média de pessoas por família é de 4,2 pessoas.

Por estar próxima ao lixão, os moradores têm suas casas invadida por ratos, baratas, pulgas, carrapatos, mosca e outros insetos. Há coleta de lixo em cerca de 20% das residências, enquanto que no restante da área queima-se ou enterra-se o lixo. O lixão da Estrutural, apesar de representar uma fonte de contaminação do solo, dos mananciais de água e mesmo das pessoas que vivem próximas a ele, representa também uma importante fonte de renda para muitas famílias moradoras do local. Em 2002, 15% dos 20.000 então moradores da Estrutural sobreviviam da coleta de lixo no local. Segundo reportagens da BBC Brasil, um trabalhador rápido e forte, trabalhando o dia inteiro, pode chegar a ganhar até R$ 150,00 por semana. No entanto, o mais comum é um catador conseguir algo em torno de R$ 50,00 por semana, vendendo garrafas plásticas, sacos de lixo, latinhas, placas de computador, aparelhos eletrônicos quebrados e diversas outras sobras. Todo o material é vendido dentro do próprio lixão, a catadores que se tornaram empresários informais e montaram ‘escritórios’ de compra dos materiais encontrados no lixão. Para evitar a disputa, os catadores criaram associações, que proíbe a exploração do lixão àqueles que não estão cadastrados na associação.

Isso se repete em outros locais mais carentes em Brasília, mas também podemos citar a droga, a criminalidade, a queima das matas entre outros problemas.

Atividade econômica


A principal atividade econômica da capital federal resulta de sua função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado com muito cuidado pelo Governo do Distrito Federal. Por ser uma cidade tombada pela Unesco, o governo de Brasília tem optado em incentivar o desenvolvimento de indústrias não poluentes como a de softwares, do cinema, vídeo, entre outras.

A economia de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo. Foi construída em terreno totalmente livre, portanto ainda existem muitos espaços nos quais se pode construir novos edifícios. À medida que a cidade recebe novos moradores, a demanda pelo setor terciário aumenta, motivo pelo qual Brasília tem uma grande quantidade de lojas, com destaque para o Shopping Conjunto Nacional, localizado no centro da capital.

A agricultura e a avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense que abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.Brasília está hoje entre as áreas urbanas de maior índice de renda per capita do Brasil.

Curiosidades

Localização: Região Centro-Oeste, entre os paralelos 15º e 16º

Área: 5.783 km2

Habitante: Brasiliense

Altitude média: 1.100 m

População: 1.923.946 de habitantes (estimativa IBGE-1998).

Densidade Demográfica: 312,94 habitantes por km2 (IBGE-1996)

Clima: Tropical de savana e temperado chuvoso

Temperatura média anual: 20,5ºC

Umidade relativa do ar: 25% no inverno e 68% no verão
Divisão Administrativa: 19 regiões: Brasília, Ceilândia, Taguatinga, Guará, Cruzeiro, Gama, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Recanto das Emas, Lago Sul, Riacho Fundo, Lago Norte, Candangolândia, Brazlândia

Fuso horário: 3 horas a menos em relação ao meridiano Greenwich

Código DDD: 061

Voltagem: 220 volts, 60 ciclos

Idioma: Português

Moeda: Real

O que um candango pensa sobra Brasília

Brasília, elevada pela UNESCO à condição de Patrimônio Cultural da Humanidade, é também síntese do Brasil. Abriga pessoas de todos os Estados, que ajudaram e continua ajudando a construir a Capital de todos os brasileiros, que hoje os recebe com alegria e carinho.

Com certeza, entre nós você estará em casa. E vai descobrir nossas belezas, voltando para sua terra com a convicção de que Brasília não é só a cidade administrativa, como alguns pensam.

A Capital tampouco é apenas a revolucionária arquitetura de Niemeyer, ainda que ela guarde maravilhas insuspeitadas, muito além do cartão postal. Aqui você encontra também um pouco da História do Brasil, do colorido de nossa gente: basta que visite nossos museus, bibliotecas, arquivos, monumentos, palácios.

Brasília é também mística. A localização geográfica, o cenário inesperado, a imensidão do Planalto, tudo contribui para despertar no espírito a certeza da presença de Deus. Não por acaso, cultuamos as visões de Dom Bosco, para quem esta será a sede da civilização do futuro, na qual correrão leite e mel, como numa nova Canãa.

Brasília é símbolo do que a vida urbana pode ter de bom. Mas é também rural. Aqui pertinho você pode ter as delícias da natureza nos hotéis-fazenda, nas trilhas, cavernas e cachoeiras e no lazer típico das cidades do interior, como uma boa pescaria e um banho de rio.

E também vai ter todo o conforto, desfrutando de nossos excelentes hotéis e degustando as melhores culinárias do país, além do melhor da cozinha internacional – até porque você tem aqui pratos de todos os lugares.

Brasília é também inigualável para a discussão de temas científicos, políticos, culturais. Abrigamos e convivemos com o Poder Nacional e com as Embaixadas de todos os países.
Por isso tanta gente escolheu Brasília não apenas para trabalhar, mas para viver e aproveitar uma qualidade de vida única, difícil de se encontrar em qualquer outro lugar.



Oscar Niemeyer



Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907) é um arquitetobrasileiro, considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.Seus trabalhos mais conhecidos são os edifícios públicos em Brasília.

Em 1957, Niemeyer abre um concurso público para o plano piloto da nova capital Brasília. O projeto vencedor é o apresentado por Lúcio Costa, seu amigo e ex-patrão. Niemeyer, arquiteto escolhido por Juscelino, seria responsável pelos projetos dos edifícios, enquanto Lúcio Costa desenvolveria o plano da cidade.

Brasília foi um grande desafio; a cidade foi construída na velocidade de um mandato, e Niemeyer teve de planejar uma série de edifícios em poucos meses para configurá-la. Entre os de maior destaque estão a residência do Presidente (Palácio da Alvorada), o Edifício do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), a Catedral de Brasília, os prédios dos ministérios, a sede do governo (Palácio do Planalto) além de prédios residenciais e comerciais.

Igrejinha da 307/308 Sul

Em maio de 1958 inaugurou-se o primeiro templo de alvenaria em Brasília, a Igrejinha da 307/308 Sul, construída em 100 dias.



Palácio da Alvorada

O Palácio da Alvorada foi o primeiro edifício público inaugurado em Brasília, em junho de 1958. Nesta obra Niemeyer desenha pilares em um formato inusitado. A forma dos pilares da fachada deu origem ao símbolo e emblema da cidade, presente no brasão do Distrito Federal.





Palácio do Planalto

O Palácio do Planalto foi inaugurado no dia da transição da capital, em 21 de abril de 1960. Durante a construção do edifício, a sede do Governo funcionou no Catetinho, um sobrado de madeira, nos arredores de Brasília. É um dos edifícios da Praça dos Três Poderes, sendo os demais o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.




Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida

Marcante por sua arquitetura singular, a Catedral Metropolitana é uma das obras mais expressivas de Brasília. O acesso à nave se dá através de uma passagem subterrânea, intencionalmente escura e mal-iluminada, visando o contraste com o interior que recebe iluminação natural intensa. Foi inaugurada em 1960.


Casa do Cantador

Uma edificação moderna para homenagear a comunidade nordestina que habita o Distrito Federal. Localizada na cidade-satélite de Ceilândia, a Casa é a sede do cantador repentista, do poeta cordelista, do coquista embolador e de um sem-número de artistas do improviso e da literatura de cordel, verdadeiros representantes da cultura popular. Inaugurada a 9 de novembro de 1986, a Casa do Cantador tem sido palco de grandes manifestações culturais, a exemplo dos Festivais Nacionais de Cantadores Repentistas e Poetas Cordelistas que acontecem há mais de 22 anos. Nestes eventos a Casa abre suas portas para a arte e a cultura e recebe de bom grado toda a mistura de brasileiros que reside no Distrito Federal.



Edifício do Congresso Nacional

O edifício do Congresso Nacional do Brasil, inaugurado em 1960, localiza-se no centro do Eixo Monumental, a principal avenida de Brasília. À frente há um espelho d'água e um grande gramado e na parte posterior do edifício se encontra a Praça dos Três Poderes. É um dos edifícios mais importantes do Brasil. É composto de duas semiesferas, que abrigam o Câmara dos Deputados e o Senado. Entre as semiesferas há dois blocos de escritórios.



Burle Marx



Entre os modernistas que participaram da construção de Brasília, Roberto Burle Marx teria muitos motivos para reclamar, caso pudesse. A maioria de suas obras na cidade ou foram alteradas ou estão maltratadas. Considerado um dos maiores paisagistas do século 20 no Brasil, o autor de praças e jardins do Plano Piloto nasceu em 4 de agosto de 1909. E morreu em 4 de junho de 1994.

Burle Marx levou para o paisagismo o ideário da arte e arquitetura modernas. Rejeitou as flores exóticas com que o país compunha seus jardins públicos e particulares e trouxe para as praças a antes desprezada vegetação nativa. Compôs jardins como quem cria obras de arte. Pensou na topografia, no meio ambiente, na arquitetura e na plasticidade para projetar jardins e praças no Brasil e em mais de 20 países. Foi paisagista, ceramista, gravurista, tapeceiro, designer de jóias, pintor, músico. Fez cenário e figurinos para peças de teatro, óperas e decoração de carnaval.

O paisagista que fazia arte moderna com matéria-prima viva deixou em Brasília as marcas de sua genialidade. São dele a Praça dos Cristais (no Setor Militar Urbano), a Praça das Fontes (no Parque da Cidade), os jardins externos e internos do Itamaraty, o jardim externo do Palácio da Justiça, o jardim externo do Palácio do Jaburu. É dele também o projeto de paisagismo das 308 Sul, os jardins do Teatro Nacional e os do Tribunal de Contas da União. Burle Marx está também nas embaixadas da Alemanha, Estado Unido, Irã e Bélgica.

Desse conjunto, os dois melhores exemplos de preservação e manutenção são a Praça dos Cristais e o Itamaraty.

Descaracterização

Haru Ono esteve em Brasília em maio passado a convite do Ministério da Justiça para visitar os jardins do palácio e orientar sua recuperação. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma) aproveitou a chance e levou Haru a um roteiro turístico pelas obras de Burle Marx na cidade. Na Praça das Fontes, dentro do Parque da Cidade, levou um susto: “Parecia uma guerra”, diz, quando se lembra do que viu — toda a vegetação original foi retirada e, naqueles dias, estava sendo substituída por outras, estranhas às especificações deixadas por Burle Marx.

Nomes: Nicolas, Lucas, Gledson, Gustavo, Lenoir, Jaci.


















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